E tem mais blogueiros comentando sobre a saída de Fernandes. Veja o que Diego Simão (Tainha) postou no Blog do Torcedor, do GloboEsporte.com, nesta quarta-feira (14).
Jogador mercadoria, clube quitanda
Apesar de ter comentado ontem o assunto Fernandes no blog, teve quem não entendeu o principal ponto: a falta de respeito com ídolo.
Ontem, ainda tive o cuidado de não falar em pedido de renovação, apenas pincelei sobre o desrespeito. E não é algo de hoje, Fernandes é assado em fogo brando faz muito tempo. Para quem não lembra, leia o texto de Ney Pacheco neste link, é a mesma história de sempre.
Mas há quem concorde com essa marginalização do aspecto sentimental em prol de uma lógica monetarista que no fim somente enriquece parceiros e empresários. Torcer é um sentimento muito mais profundo, inexplicável e intrinsicamente ligado a cultura de um certo grupo de indivíduos ligados por um brasão em comum e ídolos que surgem carregando-os no peito.
É o caso de Fernandes. Em meio ao “futebol moderno”, o meia surgiu, cresceu e com o passar do tempo, fundiu-se com a história do Alvinegro.
O tratamento despendido a Fernandes, portanto, é desrespeitoso com o próprio Figueira. É impossível desvencilhar a imagem do clube em relação ao meia e vice-versa. Muito mais complexo que o simples discurso económico do “custo-benefício” argumentado entre muros no Scarpelli.
Claro, há quem aceite o argumento, baseado na ideia que o resultado em campo vem somente com o resultado financeiro positivo. Algo soa piada vindo da instituição profundamente endividado.
Sim, é imprescindível para o Figueirense ganhar dinheiro e ter certas mentalidades empresariais, mas não necessariamente o clube tem de virar empresa. Futebol sempre foi muito mais do que isso, é quando se trata a instituição assim, surgem times como o Red Bull, lá do interior paulista.
Imaginem, daqui a pouco mudam o nome do nosso time para “Energy Drink” ou “TNT”. Não sei vocês, mas não gosto de energético e não tenho o mínimo interesse de torcer por algum time sem alma, sem ídolos.
O nosso futuro assusta. Acabaremos tratando jogador como mercadoria e o Figueirense como quitanda. Esquece a tal “magia do futebol”.
Confira na íntegra a postagem no Blog do Torcedor - Tainha Alvinegra
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