Fernandes chega ao Figueirense

Era junho de 1999. O Figueirense estava na série C do Campeonato Brasileiro e disputava, paralelamente, o Campeonato Catarinense. A nova gestão administrativa do clube – assumida em janeiro do mesmo ano – “queria formar um time para ser campeão do Estado, contratando jogadores para médio e longo prazo”, lembra Paulo Prisco Paraíso, Presidente do Conselho Administrativo, na época. 

Fernandes campeão da Copa Conmebol pelo Santos.
Foto: Divulgação/Site Lancenet

Fernandes estava no Santos Futebol Clube. Tinha acabado de ser campeão da Copa Conmebol, na Argentina, e seu contrato havia encerrado com o clube. Enquanto seus dois empresários decidiam o futuro do atleta, para não ficar parado atuou durante três meses pela Portuguesa Santista no Campeonato Paulista.






Nessa mesma época, Marco Aurélio Cunha era dirigente de futebol do Santos e sempre deixou claro que para onde fosse, levaria o Fernandes com ele. E assim foi feito. Em junho de 1999, Marco Aurélio veio para o Figueirense e sugeriu a contratação inicial de sete jogadores e, claro, entre eles estava Fernandes.


José Carlos da Silva, Presidente do clube na época, afirma que a contratação de Fernandes foi o maior investimento do Figueirense:




Fernandes nunca tinha escutado falar do Figueirense. O time que estava em alta era o Criciúma, que tinha sido campeão da Copa Brasil. Quando soube que viria para Florianópolis, atuar pelo alvinegro, correu para os jornais para obter informações sobre a situação do time no Campeonato Brasileiro e Catarinense.

Primeira foto do jogador no Figueirense Futebol Clube

Chegou a Florianópolis com contrato de três meses – até o final do Campeonato Catarinense. O atleta fez uma boa campanha no estadual e por suas características, bem destacadas pelo ex-presidente do Conselho Administrativo, o Figueirense comprou seu passe por cinco anos:





Carlos Aragão, na época vice-presidente do clube, lembra que quando foi comunicado oficialmente da contratação do Fernandes, ele estava com sua família em uma churrascaria, próxima ao Estádio Orlando Scarpelli. O Marco Aurélio Cunha chegou acompanhado do Fernandes e anunciou que ali estava o novo ídolo do clube:





"Até hoje tenho orgulho de dizer que a semente que eu plantei rendeu muitos frutos. Eu tinha total certeza que Fernandes seria ídolo e faria história no Figueirense, além da sua qualidade técnica por seu caráter e postura, dentro e fora de campo", afirma Marco Aurélio.

Sonho de fazer história
Fernandes, além de sonhar em ser jogador de futebol, queria muito fazer história num clube:

O jogador sabe da responsabilidade, influência, importância e referência, como atleta e pessoa, que ele tem na vida dos torcedores alvinegros, e agradece a todos poder sido recebido com carinho. E o atleta acredita que a torcida é a responsável direta pelos 13 anos de sua permanência no clube.





Palavra dos ex-dirigentes
José Carlos da Silva acredita que Fernandes se tornou o jogador e o ídolo que é pelo seu caráter. Espera que quando o atleta encerrar carreira que ele fique no Figueirense, como um executivo de futebol, ajudando tanto as categorias de base quanto o profissional. O ex-presidente do clube aproveitou e deixou seu recado para o jogador:





Carlos Aragão sempre achou a personalidade do jogador muito forte e declara que ele sempre foi diferenciado de outros atletas, avesso a noitadas, festas e saídas a toda hora. E torce também para que Fernandes continue por muito tempo ainda no Figueirense.





Paulo Prisco Paraíso afirma que a relação Fernandes – Figueirense, de um namoro se tornou um noivado e se consolidou com um casamento: