quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Como tudo começou para Fernandes

“Na época de escola, sempre que tinha a famosa pergunta ‘o que você vai ser quando crescer’, eu sempre respondia: jogador de futebol”. Desde muito pequeno, Rodrigo Fernandes Valete sempre sonhou em ser jogador. Seus pais diziam que, mesmo antes de dar os primeiros passos, ele já engatinhava atrás da bola.





Com 18 anos, Fernandes, de uma família humilde, se sentia pressionado para ajudar nas despesas da casa. Preocupada com o futuro do filho, dona Adelaide o inscreveu – sem ele saber - num concurso público do Banco do Brasil, e ele não gostou:





Fernandes deu sorte, alguns dias antes de fazer o concurso do Banco do Brasil, surgiu uma oportunidade de jogar num time do interior de São Paulo, o Corinthians de Presidente Prudente. Era 1996. Naquele ano, ele disputou o Campeonato Paulista Série A3. O atleta acredita que foi a oportunidade da vida dele, o time foi bem e ele conseguiu se destacar.


“É muito difícil se tornar um atleta profissional. Deus me deu o dom de jogar e com muita luta, dedicação e superação consegui alcançar meu objetivo”. Rodrigo Fernandes Valete afirma que sua vida mudou, o futebol o fez crescer como pessoa. Ele nunca pensou em jogar futebol somente para ganhar dinheiro, o esporte era a realização de um sonho:





Inspirações no esporte

No futebol, Fernandes apreciava o jeito de jogar do atacante Fabinho, do Corinthians, com quem chegou a atuar na Portuguesa Santista, clube no qual permaneceu por três meses. Fabinho era o camisa 7, e Fernandes gostava do número. Sempre que jogava com os amigos, ele se considerava o Fabinho da equipe.


Outro jogador que sempre admirou foi Zico. “A forma dele jogar me chamava muito a atenção. Não o admirava apenas como jogador, mas a pessoa Zico. Ele sempre foi muito correto, você nunca escutou alguém falar mal dele”.


Fora de campo, o maior ídolo do jogador foi o piloto Ayrton Senna, morto em 1º de maio de 1994 em um acidente na Fórmula 1:





Apoio da família

Fernandes sempre contou com a ajuda da família. Ele acredita que se não tivesse esse apoio, talvez não se tornasse o profissional que é. “Meu pai, mesmo com todas as dificuldades que nós tínhamos, não obrigava que eu trabalhasse, ele entendia e também acreditava no meu sonho.”


O jogador soube recompensar tudo o que os pais, seu Ângelo e dona Adelaide, e o irmão mais novo fizeram por ele, e com a assinatura do contrato com os Santos, Fernandes deu de presente para a família um carro e a reforma da casa.


O meia alvinegro constituiu uma família, é casado com Sarah e tem dois filhos, Pedro Henrique, de 6 anos, e João Gabriel, de 2.
Fernandes com sua esposa Sarah e os filhos, Pedro Henrique e João Gabriel.
Foto: Arquivo pessoal

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fernandes completa 400 jogos pelo Figueirense

Na vitória de domingo (26) do Figueirense contra o Coritiba por 3 a 1, no Estádio Orlando Scarpelli, Fernandes atingiu a marca de 400 partidas com a camisa alvinegra e completou mais um capítulo de uma história de amor ao clube e a torcida.
Ídolo comemora marca com jogadores e torcida.
Foto: Luiz Henrique
Em 1999, quando chegou ao clube, o paulista de Itaporanga, Rodrigo Fernandes Valete, era apenas mais um reforço para o Figueirense. O que seria um contrato por empréstimo de três meses, se tornou uma história de 13 anos. Demonstrando sempre muita dedicação – dentro e fora de campo – e com um futebol de alto nível, Fernandes foi conquistando o respeito de todos do clube, inclusive dos torcedores.


FernanDEZ, como é chamado pela torcida por ser o camisa 10 do clube, jogou bem contra o Coritiba e foi autor da assistência para o terceiro gol de Aloisio.
 


Após a partida, o ídolo foi homenageado com uma placa comemorativa e uma camisa número 400.

Vanderlei Silva, vice-presidente de futebol do alvinegro,
entrega à Fernandes a placa comemorativa de 400 jogos
. Foto: Luiz Henrique


O meia não escondeu a emoção em atingir a marca.




Cada vez que eu coloco essa camisa é sempre uma emoção diferente. Se não me engano, sou o terceiro atleta a completar 400 jogos. É um motivo de satisfação e orgulho, ainda mais jogando aqui no Scarpelli, com essa torcida apaixonada do lado - declarou.

Fernandes é o terceiro jogador do clube que mais vestiu a camisa alvinegra. Ele vem depois de Pinga, com 483 partidas, e de Casagrande, com 430.


Fernandes com a placa comemorativa e a camisa número 400.
Foto: Luiz Henrique

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os 13 anos de Fernandes no Figueirense


Vestindo a camisa do Figueirense há 13 anos, Rodrigo Fernandes Valete, 34 anos, natural de Itaporanga (SP), construiu a maior parte da sua carreira no futebol catarinense e pode ser considerado um verdadeiro talismã, o ídolo da torcida alvinegra. Chegou em junho de 1999 no clube e, desde então, saiu apenas três vezes, uma para o Palmeiras e duas para fora do país, Jeonbuk Motors (Coreia do Sul) e Al-Shabab (Emirados Árabes Unidos).

Em partida contra o Joinville, dia 20/02/2011, no Estádio Orlando Scarpelli, que valia vaga na final do primeiro turno do Campeonato Catarinense 2011, Fernandes se tornou o maior artilheiro do Figueirense, com 100 gols. Hoje ele tem 108, seguido por Calico, com 94 gols e Albeneir, com 93.

O meia é o terceiro jogador que mais atuou pela equipe, com 399 jogos. Ele vem depois de Pinga, com 483 partidas, e de Casagrande, com 430.

Fernandes nunca ganhou um cartão vermelho. É um atleta dedicado, exemplo de perseverança, simplicidade e carisma. Sempre foi muito respeitado e admirado por todos, inclusive por torcidas e jogadores de outros times.

É por todos esses e muitos outros motivos que o blog foi criado: para contar a trajetória do ídolo alvinegro. A página na internet também está sendo produzida como meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina.