Em recuperação de duas lesões e ansioso com uma renovação de contrato, ídolo alvinegro acredita que o time vai lutar até o fim contra degola
Ídolo no Figueirense, Fernandes não está satisfeito com a fase que vive no clube que conhece há mais de 13 anos. Ansioso em ajudar a equipe a escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o maior artilheiro da história do Figueirense também sente a angústia para renovar o contrato com o time que tanto se identifica. O atleta, que se recupera de uma operação no ombro esquerdo e na coxa, tem vínculo com o Furacão até o final do ano, mas espera continuar vestindo a mesma camisa por pelo menos mais um ano.
— Eu quero continuar jogando em 2013. Até coloquei essa questão de parar no começo desse ano, mas optei por continuar e me sinto muito bem. Acho que joguei bem esse ano e fiquei chateado com alguns comentários de que eu não aguentaria jogar uma partida inteira. Mostrei dentro de campo que consigo. Não penso em sair do Figueirense. Eu quero, como já disse diversas vezes, encerar a minha carreira aqui. Quero continuar aqui, seja na Série A ou na Série B. Não quero esperar até o fim de dezembro, como foi em outros anos. Quero renovar o contrato o quanto antes. Independente do que acontecer esse ano, meu desejo é continuar vestindo a camisa do Figueirense – confessou.
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Chico Lins e Fernandes. Foto: Luiz Henrique/Figueirense F. C. |
Apesar da má fase que o clube atravessa, a virada sobre o Inter, fora de casa, melhorou o ânimo dos jogadores. Confiança é uma palavra que, aos poucos, está voltando ao vocabulário do Figueirense. O ídolo acredita que é preciso reequilibrar o grupo e esse tem sido seu papel, já que dentro das quatro linhas ele não vai poder colaborar.
— O time até começou bem o campeonato, mas depois veio uma sequência muito ruim, tomamos muitas viradas e isso foi atrapalhando o psicológico. Depois, começamos bem o returno, até a partida contra o Palmeiras, quando perdemos em casa. Esse resultado foi muito difícil de assimilar. A questão emocional ficou abalada. Mas o que senti no treino depois da vitória sobre o Inter é que todos estão muito otimistas. Temos duas rodadas em casa e os jogadores estão muito empenhados e acreditando muito. O emocional agora vai ser o diferencial.
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Foto: Luiz Henrique/ Figueirense F. C. |
Com 13 anos de casa e mais de 400 jogos, Fernandes parece conhecer cada detalhe do clube. Até sobre questões políticas ele se sente confortável para comentar. Para ele, a crise enfrentada pelo clube recentemente, também no âmbito financeiro, que culminou na mudança de presidente, foi prejudicial ao time também dentro de campo.
— A mudança da direção do clube tirou um pouco do foco do futebol. O foco da diretoria não ficou dentro de campo, eles ficaram mais na briga política, os dois grupos disputando, e o futebol ficou um pouco de lado, só os jogadores estavam olhando para dentro do campo. Todo mundo, diretoria, jogadores e até torcedores, tem sua parcela de culpa. Ninguém sabe realmente o que vai acontecer no ano que vem com a nova direção do Wilfredo. Ele está nos apoiando, até para não atrapalhar, mas ele não tem feito muita coisa agora. Ele parece estar esperando para ver se o time vai conseguir ou não a permanência na Série A para então fazer o planejamento de 2013 — explicou.
Ele, que está com um mês de salário e dois meses de direitos de imagem atrasados, confirmou que as finanças do Figueirense ainda não deve estar equilibradas. Para o jogador, é importante para um profissional, seja qual for o trabalho, receber em dia.
Ainda que pense em jogar por mais tempo, o ídolo alvinegro já tem alguns planos para quando pendurar as chuteiras. Com a vida de atleta de lado, o craque deseja continuar trabalhando no esporte. Ele quer ser mais um profissional da bola, mas ainda não sabe em que função especificamente.
— Quando parar de jogar, quero continuar no clube. Penso em continuar trabalhando com futebol, porque é isso que eu sei fazer. Ainda quero jogar em 2013, de repente em 2014. Só depois que eu parar de jogar que vou ter tempo para estudar mais e trabalhar com outra coisa. Mas não quero abrir um negócio, nem nada assim, porque sei que iria perder dinheiro. Eu entendo é de futebol — reconheceu.
O ídolo da torcida alvinegra não esquece dela e deixa um recado:
— Os jogadores aqui vão lutar até o fim. Algumas coisas deram errado: estadual, Sul-Americana, essa fase no Brasileiro. Mas o torcedor pode estar certo de que os jogadores estão fazendo o máximo para que o time permaneça na Série A.
Crédito: Globoesporte.com - Savio Hermano - Florianópolis
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