Com 18 anos, Fernandes, de uma família humilde, se sentia pressionado para ajudar nas despesas da casa. Preocupada com o futuro do filho, dona Adelaide o inscreveu – sem ele saber - num concurso público do Banco do Brasil, e ele não gostou:
Fernandes deu sorte, alguns dias antes de fazer o concurso do Banco do Brasil, surgiu uma oportunidade de jogar num time do interior de São Paulo, o Corinthians de Presidente Prudente. Era 1996. Naquele ano, ele disputou o Campeonato Paulista Série A3. O atleta acredita que foi a oportunidade da vida dele, o time foi bem e ele conseguiu se destacar.
“É muito difícil se tornar um atleta profissional. Deus me deu o dom de jogar e com muita luta, dedicação e superação consegui alcançar meu objetivo”. Rodrigo Fernandes Valete afirma que sua vida mudou, o futebol o fez crescer como pessoa. Ele nunca pensou em jogar futebol somente para ganhar dinheiro, o esporte era a realização de um sonho:
Inspirações no esporte
No futebol, Fernandes apreciava o jeito de jogar do atacante Fabinho, do Corinthians, com quem chegou a atuar na Portuguesa Santista, clube no qual permaneceu por três meses. Fabinho era o camisa 7, e Fernandes gostava do número. Sempre que jogava com os amigos, ele se considerava o Fabinho da equipe.
Outro jogador que sempre admirou foi Zico. “A forma dele jogar me chamava muito a atenção. Não o admirava apenas como jogador, mas a pessoa Zico. Ele sempre foi muito correto, você nunca escutou alguém falar mal dele”.
Fora de campo, o maior ídolo do jogador foi o piloto Ayrton Senna, morto em 1º de maio de 1994 em um acidente na Fórmula 1:
Apoio da família
Fernandes sempre contou com a ajuda da família. Ele acredita que se não tivesse esse apoio, talvez não se tornasse o profissional que é. “Meu pai, mesmo com todas as dificuldades que nós tínhamos, não obrigava que eu trabalhasse, ele entendia e também acreditava no meu sonho.”
O jogador soube recompensar tudo o que os pais, seu Ângelo e dona Adelaide, e o irmão mais novo fizeram por ele, e com a assinatura do contrato com os Santos, Fernandes deu de presente para a família um carro e a reforma da casa.
O meia alvinegro constituiu uma família, é casado com Sarah e tem dois filhos, Pedro Henrique, de 6 anos, e João Gabriel, de 2.
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Fernandes com sua esposa Sarah e os filhos, Pedro Henrique e João Gabriel. Foto: Arquivo pessoal |
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